Nesta semana tive a oportunidade de receber este livro por
intermédio de uma amiga e quero falar um pouquinho para vocês a respeito desse
romance inglês.
É importante saberem que no início de Janeiro li a obra
Orgulho e Preconceito que é da mesma autora e pude constar algumas diferenças
entre elas. A primeira diferença é que Orgulho e Preconceito foi a primeira
obra de Jane Austen, ou seja ela tinha em torno vinte anos se não me engano
– não quero estar falando uma grande besteira literária aqui – e Persuasão foi
a última obra da autora, ou seja, ela tinha quase quarenta anos.
Orgulho e Preconceito tem todo aquele fervor de uma paixão
adolescente e Persuasão tem um cenário de um amor calmo, que espera, que
aguarda e que é incessante. As obras são verdadeiros reflexos da fase em que
autora viveu e isso é o que torna tudo tão interessante.
Persuasão tem como personagem destaque a jovem Anne Elliot.
Ela tem duas irmãs Elizabeth, a irmã mais velha e Mary, a irmã mais nova.
Quando elas eram adolescentes, foram abaladas por uma grande fatalidade em sua
família: perderam sua mãe, que muitos diziam, parecer-se muito com Anne tanto
na personalidade como na aparência.
Depois de toda essa fatalidade, as meninas contaram com um
apoio maternal de uma grande amiga que sua falecida mãe, a amável Lady Russel.
Elas também tinham a presença do pai o sr. Elliot que tinha uma visível
preferência pela filha mais velha, Elizabeth.
Anne tinha um comportamento bem diferente de suas irmãs,
pois, ela valorizava muito as pessoas intelectuais, que não eram fúteis e não
se preocupava muito com certos costumes que a sociedade impuseram nas pessoas.
Por esse motivo, ela não era muito bem tratada em sua casa.
Lady Russel tinha um carinho muito grande por Anne e isso
era recíproco. Sem dúvida, Anne era a sua favorita e a jovem ouvia muito os
conselhos da senhora. Quando Anne tinha cerca de vinte anos, ela conheceu um
oficial chamado Frederick Wentworth, no qual se apaixonou profundamente. O
jovem a pediu em casamento e ela estava inclinada a aceitar, porém a jovem foi
fortemente persuadida pela amiga Lady Russel e a sua família – que achava que
com Frederick ela não teria futuro, pois ele não era muito afortunado – e por
isso, Anne acabou não aceitando o pedido, o que provocou muita dor e muitos anos de sofrimento.
Isso ocasionou a mudança de Frederick da região e seguir em seus
trabalhos na Marinha o que levou-o a um êxito profissional. Anne continuou em
sua casa e passaram-se oito anos, até que o destino faz com que ela encontre Frederick Wentworth, já como capitão e sua paixão por ele se reacende.
Após eles se encontrarem muitas dúvidas surgem na cabeça de
Anne, principalmente em relação aos sentimentos do capitão e os de si mesma. É uma
história que nos faz refletir muito sobre o tempo e o amor, que não importa
quantos anos você está longe de alguém que ama, pois o sentimento é imutável.
A obra mostra um aspecto diferente do que ocorria
naquela época. Normalmente as meninas se casavam muito jovens – cerca de
dezesseis anos até os vinte e dois – e Anne acabou se casando mais tarde, com
cerca de vinte e sete anos.
Se eu recomendo esta obra? Obviamente que sim.
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