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As Memórias de Sherlock Holmes de Sir Arthur Conan Doyle


  Com toda esta maratona literária tive a oportunidade de ler "As Memórias de Sherlock Holmes", uma obra que assassinou todo o meu preconceito contra best-sellers e fez com que eu conhecesse a personalidade de um dos detetives mais famosos do mundo literário e do cinema.
   "As Memórias de Sherlock Holmes" com certeza, é um livro destinado àqueles já leram toda a obra de Sherlock. Mas todos sabem que comigo as coisas sempre são diferentes, comecei pelo último livro. A obra contém doze casos do detetive ao lado do seu grande amigo Dr. Watson.
   Dentre os casos podemos destacar "A Caixa de Papelão" no qual uma senhora que aparentemente tinha uma vida pacata e tranquila, recebe pelo correio uma caixa com duas orelhas (destacando que as orelhas eram de pessoas diferentes). Além de "O Tratado Naval" que foi um caso em de importância mundial no qual Holmes teve a sua participação. E por último "O Problema Final", caso no qual culminou a morte do incrível detetive.
   Enquanto Dr. Watson, o biógrafo oficial de Sherlock Holmes, relata estes casos, podemos absorver alguns traços da personalidade singular deste detetive. E quero trazer para vocês alguns fragmentos onde  podemos claramente delinear algumas características dele:

"Exceto pelo uso de cocaína, não tinha vícios, e só recorria à droga como um protesto contra a monotonia da existência quando os casos eram escassos e os jornais desinteressantes." *

" 'Nunca fui um sujeito sociável, Watson, sempre gostando de ficar sossegado nos meus aposentos, desenvolvendo meus próprios metodozinhos de pensamento, de modo que jamais convivi muito com meus colegas' " *

"Durante meu longo e íntimo relacionamento com Mr. Sherlock Holmes eu nunca o ouvira fazer menção a seus parentes e quase nunca a sua infância. Essa reticência de sua parte fazia-me vê-lo ainda mais como uma criatura um tanto desumana, até que passei a encará-lo como um fenômeno isolado, um cérebro sem coração, tão deficiente em comiseração humana quanto bem-dotado de inteligência. Sua aversão às mulheres e indisposição para fazer novas amizades ..." *

" 'Meu caro Watson', disse, 'não posso concordar com aqueles que incluem a modéstia entre as virtudes. Para o homem lógico, todas as coisas deveriam ser exatamente como são, e subestimar a si mesmo é trair a verdade tanto quanto exagerar os próprios méritos. Portanto, quando digo que Mycroft tem mais capacidade de observação que eu, fique certo de que estou dizendo a verdade exata e literal.' " *
* (Conan Doyle, Arthur. As Memórias de Sherlock Holmes. Edição Bolso de Luxo. Editora Zahar)

   Interessante destacar que nesta edição Bolso de Luxo da editora Zahar, podemos encontrar em torno de cinquenta figuras, retiradas da Strand Magazine de 1892. Por isso, vale muito à pena a adquirir esta edição.
   E este livro foi capaz de fazer com que eu me encantasse com a personalidade de Sherlock. Afinal, senti uma ponta de identificação, na qual não pude negar. O estilo anti social, a sinceridade, a capacidade de fazer uma leitura da personalidade de cada pessoa, tornam Sherlock, um personagem próximo do leitor. Quando terminei de ler senti uma extrema vontade de ler todas as obras de Arthur relacionada ao personagem e assistir aos filmes, pois realmente eu fiquei anos achando que os livros eram ruins sem conhecê-los de fato. Me senti uma estúpida por ter tido um preconceito literário tão infundado.

Se eu recomendo esta obra? Obviamente que sim.

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