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Esperando o telefone tocar

É tão difícil quando você fica uma semana inteira ao lado do telefone fixo e com o celular na mão verificando sua caixa de e-mail. Pois bem, estou esperando um retorno a respeito de uma proposta de emprego.
As pessoas que me não me conhecem, provavelmente iriam pensar que eu era uma daquelas meninas que ficam aguardando o cara com quem saiu na semana passada ligar. Mas não é nada disso.
Sexta-feira passada minha ex-chefe me ligou me perguntando se eu gostaria de voltar para o meu emprego antigo, com um horário que se encaixa exatamente com a minha rotina. E afirmativamente eu disse "sim" e ela disse que "encaminharia os meus dados para o RH e logo entrariam em contato comigo marcando uma entrevista", e aqui estou eu, desesperadamente, ao lado do telefone, tendo crises de depressão e me sentindo um lixo de ser humano.
Eu já tinha perdido as esperanças de conseguir um emprego este ano, principalmente voltar ao meu emprego antigo. Mas aquela ligação, aquelas simples palavras, aquilo tudo me iludiu. Me fez fantasiar tanto, a ponto de eu criar todo um planejamento anual, como fazer o tão desejado curso de inglês, a certificação em Java, a carteira de motorista e as roupas bonitas que eu iria comprar.
Essa expectativa só durou o final de semana, pois esperei a semana inteira e nenhuma ligação ou e-mail ocorreram. Vieram outras entrevistas marcadas, mas em lugares extremamente difíceis de chegar e aonde passarei a maior parte da minha vida viajando num ônibus lotado em plena escuridão da noite.
Foi decepcionante, e foi mais uma semana daquelas nas quais tive vontade de ser convidada para um viagem sem volta para outro sistema solar. Por que estas coisas acontecem? Não era necessário me ligarem para me iludir desse jeito. Eu não merecia isso, pelo menos nesse momento, não poderia ter acontecido isso.
E o que me resta agora é tentar formatar o meu HD mental e esquecer daquela ligação que fez brotar em mim vãs esperanças.

Até mais meus caríssimos! 

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