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O Tempo e o Vento - Parte 1 - O continente volume 1



Neste início de mês, deixei um pouco de lado os clássicos da literatura inglesa e resolvi desbravar uma história que é bem próxima do meu cotidiano. Um romance que inclusive fala da minha cidade, Viamão e que me fez despertar um grande interesse pela história do estado do Rio Grande do Sul. Eu estou falando de "O tempo e o vento" de Erico Verissímo, no qual ficou conhecida nacionalmente. 

Primeiro, gostaria de contar o que me levou a ler este livro. Uma boa recomendação da vlogueira Tati Feltrin e também por perceber que não poderia ficar em uma "redoma de livros estrangeiros" (principalmente ingleses), por isso resolvi me desafiar.
Ao iniciar minha pesquisa prévia sobre o livro - porque acredito que todas as pessoas que queiram ler algo desconhecido façam o mesmo -  descobri que "O tempo e o vento" é uma trilogia, na qual cada uma tem dois volumes.
A primeira parte da trilogia é "O Continente" e o que li foi o volume 1 (irei ler o volume 2 em breve e claro, falarei sobre ele com vocês). "O Continente" foi publicado em 1949 e o período em que se passa a história é de 1745 a 1895.
 O romance conta a história das famílias Terra e Cambará em meio a guerras, revoluções e muitas tristezas, que ao longo dos anos fazem com que elas se encontrem. O livro desperta um grande interesse por parte do leitor em conhecer melhor a história do Rio Grande do Sul. Erico Veríssimo disse que quando escreveu o romance, pensou em utilizar este cenário, pois a forma como os livros didáticos explicavam a história do estado não era nada interessante.
Um personagem que ao meu ver foi bem marcante, é o capitão Rodrigo Cambará. O capitão é um daqueles personagens que quanto mais você conhece, mais nojo e repúdio você tem. Muito diferente de outros personagens nos quais já havia visto, Rodrigo era um homem infiel, vivia torcendo para que houvesse outra guerra, deixou a mulher com a filha doente para jogar com os amigos, não gostava de trabalhar e tratava as mulheres como um objeto. Bom, não podemos dizer que ele era uma pessoa totalmente ruim, pois ele tinha suas qualidades, por mais que fossem poucas, ele tinha. Ele era contra a escravidão e odiava ver animais serem agredidos.
Mas voltando ao contexto geral, a história é muito boa. Traz fatos que realmente aconteceram, fala das reduções jesuíticas, dos Sete Povos da Missões, dos índios, da Revolução Farroupilha, sobre a fundação da Igreja Nossa Senhora da Conceição em Viamão e outros tantos fatos de grande importância na história do estado. Tenho certeza que os outros volumes me surpreenderão ainda mais e agora me tornei uma grande admiradora de Erico Veríssimo. Recomendo a todos vocês que entrem neste itinerário de leitura, pois, assim que eu arranjar um emprego, quero ter a versão física destes livros.

Se eu recomendo esta obra? Obviamente que sim.




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