Pular para o conteúdo principal

Se sentindo uma p*t$ de uma egoísta


Tentando agir como se tudo estivesse normal, assim como o "I'm fine" do Ross
   A cada dia que passa eu me sinto mais perdida. Perdida nos meus pensamentos, nas minhas confusões existenciais, a minha vontade de viver e de morrer, a minha falsa alegria nas noites de sexta-feira e as minhas frustrações de sábado à noite. Quanto sentimento, quanta mudança repentina.
   Você busca se revigorar através da fé, mas reza pouco, reflete pouco e pensa apenas no lado racional das coisas. Essa sou eu. Uma católica fraquejando na fé, uma pessoa que esqueceu que Deus é maior e capaz de coisas grandiosas. Por isso, ontem a noite eu pedi ajuda, eu marchei rumo ao ponto final da situação insana que estou vivendo. 
   Mas de que forma eu quis dar um basta? Quando admiti que devo ir imediatamente para a psicóloga. Preciso voltar a me tratar, preciso parar de achar que está tudo bem enquanto não está. Preciso entender que não sou uma pessoa normal e que não dá para ignorar estas minhas crises, neuras e mania de perseguição. Porque de fato, se eu não me recuperar disso, continuarei sendo aquela pessoa autodestrutiva que não ama a si mesma e que com o passar do tempo só tem piorado.
    Hoje, eu fui na fonoaudióloga e pedi para ela me encaminhar para a psicóloga e para melhorar, ela também me encaminhou para o nutricionista - emagreci 3 kg's muito rapidamente e tenho me alimentado muito mal - ou seja, minha vida está mais ferrada do que eu imaginava. A consulta seria específica para que eu aprendesse algumas técnicas para resolver os meus problemas de dicção, porém eu necessitava tanto desabafar sobre os problemas que estou passando que ficamos por quase meia hora conversando. E foi extremamente importante, já que 99,9% da humanidade não entende o que eu sinto. 
    A grande verdade de tudo é que estou muito cansada. Exausta de tudo que eu faço. Não tenho me divertido há muito tempo - "você precisa se divertir", disse minha fonoaudióloga, assim como o padre no qual eu fui fazer direção espiritual aqui em Porto Alegre. 
   Eu sempre estou em tudo e em todos os lugares, às vezes acho que sou uma pessoa indispensável. Mas no fundo, no fundo isso só tem feito mal a mim. Eu preciso de um tempo, um momento só meu e de mais ninguém. Eu preciso respirar ar puro, sozinha, sem ninguém, sem socialização, sem pessoas, apenas respirar o ar puro
    Outra questão que vem de encontro ao título da postagem é o fato daquele garoto de 15 anos ter entrado na minha vida. Toda a vez que eu o vejo tenho a certeza de que não EU NÃO GOSTO DELE. Porém, durante a semana eu fantasio cenas românticas ao seu lado - principalmente porque eu assisto a comédias românticas a semana inteira - e aí quando conversamos pelo What's App durante a semana e ele diz "tenho que sair agora, tchau" isso me incomoda profundamente.
    Profundamente porque eu não gosto de ser deixada no vácuo. Quando eu estou ali é porque realmente eu quero conversar - pode ser amigo ou não. E isso me deixou muito chateada. Pois eu só preciso de alguém que me dê atenção. Percebi que quero ser amada e não quero amar. Isso é um puto de um egoísmo. Até porque eu realmente nem sei se estou apaixonada pelo cara, mas exijo que ele me ame. Isso é fruto de uma mente doentia ... só pode ser. Eu tenho a necessidade que as pessoas me amem ou se rastejem aos meus pés - sendo que isso nunca aconteceu, mas sempre sonhei com isso. 
      Isso é fruto de um pensamento de um ser demasiadamente mimado e carente. Sei que não é de se orgulhar o que estou falando, mas é realmente assim que eu me sinto. Necessito ser amada e não amar de volta. 
      É o que nós temos pra hoje minha gente. 


Comentários