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"That's why my ex is still my ex"


Sim, "Paranoid" foi a minha trilha mental nestes dias

   Antes de qualquer coisa, creio que veio como um sopro de inspiração este título, pois fiquei a semana inteira pensando em como escrever este texto e tentando organizar um rascunho. Não achava digno nada que eu escrevia sobre o assunto, porque era necessário que a semana inteira se passasse para que eu fosse capaz de dar uma boa descrição do que foi tudo isso (no final do texto, eu explico o motivo do título).
   Por mais que os anos passem, Jonas Brothers sempre estará na minha playlist do celular. Mais que isso na minha playlist da vida, pois sempre quando há uma situação seja ela triste, inusitada  ou engraçada que sou capaz de lembrar de uma de suas músicas e nessa semana não foi diferente pois realmente tudo indicava que "eu fosse ficar paranoica" (referência à música "Paranoid").
    Em meio aos diversos trabalhos da faculdade nos quais eu estava envolvida, com grandes problemas de relações com os grupos (incluindo discussões e prováveis términos de amizade), além da rotina de ir ao trabalho e a coordenação do retiro que ocorrerá hoje (gigantesca ansiedade) me levaram ao ponto de praticamente surtar gritando pela minha casa e não tendo condições sequer de chorar, porque não havia tempo para isso.
   Esta semana foi extremamente corrida, tentando realizar e lembrar de todas as coisas que preciso levar para o retiro. E mesmo assim tenho certeza que esquecerei alguma coisa (espero que desta vez não seja o meu chinelo). Mas enfim, quando estou com muitas tarefas fico extremamente desestabilizada, tendo crises de estresse e vontade de chorar. 
   E para melhorar o meu nível de estresse e de incômodos com a sociedade, eis que os mortos resolvem ressurgir das cinzas. Sim, duas vezes nesta semana eu peguei o mesmo ônibus que o meu ex-namorado (agora é possível entender o título da postagem). 
   Essa situação pode ser natural para muitos, visto que eu peguei o ônibus que vai para o bairro dele (isso não importa), porém isto NÃO PODIA TER ACONTECIDO. Fazia anos que não o via e isso era extremamente confortável para mim. 
   Foi horrível aquela situação do ônibus, nós dois nos olhamos fixamente nos olhos e não dissemos nada, logo em seguida cada um virou para o seu canto e continuou a agir normalmente. Mas a verdade é que, eu não agi normalmente. 
   Agi como uma perfeita idiota nervosa. Comecei a abrir minha mochila compulsivamente, a mexer no celular, como uma criança hiperativa. Tudo isso porque odeio estar perto de pessoas em que eu resolvi apagar da minha vida.
   Minha mãe disse: "se ele te incomoda tanto é porque tu ainda gosta dele", o que é uma grande BABAQUICE da parte dela. Porque quando eu decidi apagar ele da minha vida (assim como centenas de pessoas), eu simplesmente resolvi nunca mais vê-las na minha frente e apagar tudo mais TUDO que vivi com elas. Não quero ver, nem olhar, nem ouvir o nome, nem ser chefe dele um dia. Mas o fato de você rever aquela pessoa é como se você estivesse revivendo uma fase da sua vida na qual você se envergonha.
   Porque sim, não irei entrar em detalhes aqui, mas depois que terminei com ele muitas coisas na minha vida mudaram, de fato, coisas grandiosas aconteceram e hoje sou totalmente o oposto do que era. Não quero lembrar de quem eu era, pois aquela "eu" também me incomoda muito. E este é o grande problema da vida: as pessoas te remetem à locais, fatos, situações e coisas que te fazem sentir arrependimento do passado. Eu resolvi parar tudo, começar de novo e realmente estou conseguindo, exceto, quando acontecem estes contratempos.
   Todo este estresse que envolve a minha atual vida (a vida de adulto) mas que eu gosto imensamente, me leva a ter momentos de loucura, por isso essa música se encaixa perfeitamente com o que sinto. Por mais que o mundo possa mudar de cor, o meu ex se tornar alguém perfeito, ele sempre será o meu ex e não sinto vontade nenhuma de ter convivência com ele, assim como ele também deve ter repulsa de mim.
   Quando eu me apaixonei, me apaixonei por alguém inexistente, um personagem, um Shane Gray brasileiro que tinha um cabelo feio, eu criei alguém que não existia. Mas agradeço muito a Deus, por hoje, ter 20 anos e poder discernir o que é melhor para a minha vida neste momento, e saber que não cabe ninguém nela.
   Realmente, qualquer pessoa que eu tivesse apagado a minha vida, como por exemplo, um ex-amigo também me incomodaria muito ter que estar no mesmo ônibus que ele. E para ser bem sincera: neste momento, eu não estou nem um pouco a fim e sem nenhuma condição psicológica de dar de cara com ex-namorados desagradáveis. 

Isto é tudo pessoal!
Bom final de semana! 

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