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O Cão dos Baskerville de Sir Arthur Conan Doyle

O segundo de muitos livros deste incrível detetive no qual eu irei ler.

   Mais uma vez vamos nós: é tão difícil fazer uma resenha de um clássico como esse. Nossa! Eu simplesmente me sinto tão insignificante para escrever tal texto, mas preciso tentar. Vou tentar expressar tudo que eu senti e percebi a respeito dessa obra que nos provoca tantas dúvidas e tantos mistérios até a sua última página. 
O porquê da leitura: Como muitos já sabem, eu estou participando do desafio "50 livros do século XX para ler antes de morrer" e "O Cão dos Baskerville" foi um deles. Bom, admito para vocês que fazia muito tempo que queria ler esta obra, então, a desculpa do desafio foi apenas um pretexto para colocá-lo na frente de todos os outras metas de leitura que estavam na lista.
Durante as férias, caí no grande equívoco de assistir o filme de 1969 baseado na obra. E explico a razão de ter sido um grave erro: porque o filme é muito fiel ao livro e as mudanças de fato, são bem pequenas. Por esta razão, eu já sabia praticamente tudo o que iria acontecer, porém, todo mundo sabe que os livros são bem mais detalhados que os livros e são infinitamente melhores, principalmente para um bom leitor que curte criar cenas mentais acerca do que está lendo.
"O Cão dos Baskerville" conta a história de uma família, cujo nome está no título da obra, em que segundo uma lenda que circulava na região, todos os homens - primogênitos da família - eram atacados por um cão furioso. Muitos diziam que era um cão vindo dos infernos, uma espécie de diabo, que atacava estes homens.
Mas como Sherlock Holmes e seu amigo Dr. Watson embarcam nesta história? Pois bem, há pouco tempo atrás havia ocorrido o falecimento do Sir Charles Baskerville, que tudo indicava, a causa de seu falecimento era um ataque do coração. Rumores circulavam de que ele havia enxergado o tal cão diabólico e havia tido este enfarte. 
Um grande amigo do falecido e morador da região, Dr. Mortimer, vai até Londres atrás do famoso detetive e pede o seu auxílio para que o ajude a desvendar este mistério que envolve muitas gerações da família Baskerville. Por isso, o velho amigo de Sir Charles conta a lenda para Sherlock, que a trata com certo tom de deboche. 
Dr. Mortimer estava preocupado que este mesmo desfecho ocorresse com o jovem Henry Baskerville que era herdeiro de Sir Charles e que seria o novo morador da mansão. Por isso, Sherlock encaminha Watson para que acompanhe o jovem Henry, pois ele estará resolvendo um caso em Londres.
Enquanto Watson trata de cuidar da segurança de Henry, ele relata tudo através de cartas ao amigo Holmes. Durante este período, Henry se aproxima de alguns vizinhos da região. Um deles é Jack Stapleton, um ex-professor, muito suspeito, que mora juntamente com sua "irmã". 
A história é cercada de grandes mistérios, pois até certo ponto o leitor imagina que algo sobrenatural de fato está acontecendo por ali, mas só no fim da história, que a lógica se fará exposta, obviamente pelas grandes elucidações feitas por Sherlock Holmes.
Comparando o longa com o livro, há esta lacuna de tempo em que Sherlock Holmes não está presente no caso - está em Londres ou e pelo menos "finge" estar - no filme, isto parece ser em um curto período. Já no livro, podemos perceber que a sua ausência é por um período bem maior.
O final da obra não é tão surpreendente porque quando se encaminha para a parte final, já se tem uma ideia de quem possa ser o grande criminoso, porém o mais enriquecedor de tudo é a forma como são elucidados os casos, pela mente brilhante do Sherlock Holmes. E algo que jamais poderemos esquecer a contribuição dada por Dr. Watson que relatou estes dados completos para ele. 
** Algo espetacular nesta obra também são os ataques de mágoa do Dr. Watson, é hilariante, assim como esta frase dita por ele: 
"Então você me usa, mas mesmo assim não confia em mim!", exclamei com algum rancor. "Acho que mereço coisa melhor de você, Holmes."
                                                       - CONAN DOYLE, Arthur. O cão dos Baskerville. Zahar. 2013.

                   Li a edição "Bolso de Luxo" da editora Zahar que é simplesmente perfeita! 

E vamos para aquela pergunta que sempre estará no fim das minhas resenhas: Se eu recomendo esta obra? Obviamente que sim, mon cher! (Sim, usei francês porque achei oportuno) 





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