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Depois de Você


Para responder a alguns curiosos: Jojo Moyes é mulher.
 Talvez muitos não saibam, mas meu primeiro post deste blog foi tratando a respeito do livro que antecede ao que irei falar hoje. Foi tão difícil de escrever a respeito do livro - que me provocou um grande abalo emocional, além de me levar uma enorme crise de choro - que não fui capaz de escrever sequer uma resenha. Simplesmente soltei um spoiler gigante dizendo que o protagonista morria no final - mas agora com toda essa questão de lançar filme sobre o livro, todo mundo já sabe o desfecho da trama. 
   O porquê da leitura: "Como eu era antes de você" me levou a duas horas de um choro compulsivo. Por isso, eu havia decidido que tão cedo não iria ler a sua sequência. Porém, como na vida da pessoa bipolar as opiniões mudam, e com todo esse ''alvoroço" com o lançamento do filme, resolvi mudar os rumos do meu itinerário de leitura para dar uma pequena "brecha" para esta obra.
   Para quem não sabe vamos começar entendendo a história do livro "Como eu era depois de você" e logo em seguida vamos para o livro em questão, combinado? (ATENÇÃO, os parágrafos abaixo são spoilers).

 "Como eu era antes de você" conta a história de um cara chamado Will Traynor, jovem, bonito, extremamente bem-sucedido, que tem sua vida totalmente modificada após um acidente que o deixa tetraplégico. Paralelamente o livro conta a história da jovem Louisa Clark, que usa roupas coloridas, que trabalha em uma lanchonete e é noiva de um fisiculturista extremamente convencido que jamais a coloca em primeiro lugar nos seus planos. No desespero de encontrar um novo trabalho e fazer algo que realmente poderia fazer sentido, Louisa vai até uma agência de empregos em busca de um novo trabalho. Lá ela acaba encontrando uma vaga como cuidadora - profissão na qual ela nunca havia exercido na vida - e ela resolve aceitar esta missão. Chegando na casa de Will, ela passa os primeiros dias lutando para que o jovem pudesse ao menos dizer um "bom dia" para ela. Aos poucos Louisa conseguiu de alguma forma, amolecer o coração de Will que estava totalmente endurecido por causa de seu trágico acidente. Com o tempo eles se apaixonam e Louisa descobre que Will havia marcado um procedimento na Suíça, na clínica Dignitas, no qual, ele iria cometer suicídio. Sua família estava de comum acordo, já que Will não havia apresentado grandes melhoras e o jovem se sentia muito infeliz da maneira na qual vivia. Louisa fez de tudo para tentar impedir que isso ocorresse, porém nada foi capaz de deter as vontades do rapaz. Nem mesmo o amor que ele sentia por ela. E o livro acaba assim, provocando grandes suspiros e soluços. 
Cena do filme "Como eu era antes de você"  que promete ser muito bom.
    "Depois de você" segue com seu trajeto focado em Louisa, que tenta se recompor após a morte de Will. Com aquele acontecimento sua vida havia mudado drasticamente, o que a levou a uma profunda depressão. Depois de um dia intenso de trabalho, Louisa se embriagava, dormia altas horas da noite e estava totalmente infeliz. Num certo dia, ela acaba subindo para o terraço do apartamento onde morava e sem querer ela acaba se desequilibrando, e cai do alto de seu prédio. Ela tem diversas fraturas, inclusive uma na bacia, o que a leva a um bom período de recuperação. Neste meio tempo ela conhece Sam, um enfermeiro que muda totalmente sua vida, além do surgimento da filha de Will, a problemática Lily
   Sobre o segundo livro não irei falar muito, pois, acredito que aqueles que já leram o primeiro irão ler o segundo e os que estão lendo o segundo talvez não tenham chegado no desfecho, enfim ... vamos deixar isto para outro momento. 
   Mas eu preciso muito falar sobre o que eu achei da obra. De verdade, se eu não falar aquela minha veia que fica pulsando na minha testa provavelmente irá estourar - brincadeira! Mas enfim, o que está obra agregou e o que não agregou ao meu camarote literário?
   Quando fui ler o livro criei uma expectativa muito grande já que o primeiro livro havia sido muito bom. Porém, esta continuação para mim foi uma grande decepção. A rebeldia de Lily que estava sempre fazendo alguma besteira, a forma como se desenvolve o romance entre Lou e Sam, as narrações de "seu corpo nú blá blá blá", a impressão de que ela só queria sexo com o rapaz - muito chato para mim que vivo num mundo Jane Austen da vida, onde o mais romântico é aquele que se preserva. O fato de Lily ir morar com Lou sem elas terem nenhum parentesco soa de forma absurda.
   Por mais que a mãe dela fosse uma maluca, é muito estranho uma menina sem nenhuma ligação com ela ir até lá à procura de informações sobre o pai. Sinceramente isso não se encaixou com o livro. Na minha opinião a história poderia ter acabado no primeiro livro, sem haver necessidade de continuação.
  Alguns momentos de rebeldia e frases de Lily, fizeram com que eu tivesse uma vaga lembrança de dois livros que marcaram minha trajetória literária - de forma negativa. A série Numbers de Rachel Ward, da trilogia, dois eu já li e que tratam os adolescentes como se fosse uns verdadeiros seres sujos e que só falam palavrões, pois eu digo para você querida Rachel, QUE NÃO EXISTEM APENAS JOVENS DE QUE SE COMPORTAM DESTE JEITO, ESTÁ BEM?
   Outro ponto que achei muito diferente de um livro para o outro - o palavreado. Sim, sabemos que o outro livro utilizava alguns palavrões em alguns momentos, mas este foram em muitas situações, o que se tornou algo cansativo. Eu posso até falar palavrões quando estou irritada, mas não significa que gosto de lê-los em livros. Existem maneiras muito melhores de realizar um xingamento sem utilizar este tipo de linguagem. 
   Dos trechos do livro que me marcaram bastante, foram estes:
Exatamente. Quantas pessoas perdem os pais e mesmo assim são pessoas dignas e honestas?
Como diz uma grande amiga minha "não existe essa coisa de alma gêmea, nós não nascemos colados com ninguém. Ninguém precisa completar você.
Isso comprova aos meus amigos que a cor azul-petróleo existe. NÃO É FRUTO DA MINHA IMAGINAÇÃO SEUS IGNORANTES.
É trágico pensar que Louisa amou um homem que não a amou a ponto de viver por ela. #ficaAReflexão
   Dos pontos positivos, posso destacar: que não me senti tocada em momento algum - sim, eu chorei imensamente no primeiro, mas neste não. Em alguns momentos pude rir de algumas situações, mas a maioria me irritei por tamanho absurdo - já não sei se isso é bom ou ruim, então ficam como pontos interrogativos
   E a está obra será uma das primeiras que neste blog irei utilizar a tag #NãoSeiSeRecomendo, exatamente isto. Se eu recomendo esta obra? Não sei

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