Imaginem só uma
pessoa que está com uma sede incessante de colocar sua opinião para o mundo
inteiro ouvir, ser impedida de acessar a Internet devido a um problema no proxy? Pois sim, é isso mesmo que está
acontecendo comigo (mas assim que voltar a Internet estarei postando este
texto).
Mas vamos ao que
interessa, já que não há meu nome escrito aqui e ninguém sabe quem realmente eu
sou, um “dane-se pessoas envolvidas” vai bem a calhar nesse momento (vou contar
tudo mesmo).
Como poucos sabem
(talvez ninguém aqui saiba), eu sou presidente de um grupo de jovens. E nesta
sexta-feira eu pude testemunhar um dos momentos onde mais fui posta à prova e
que entrou para a lista dos dias mais
traumatizantes desta minha tenra vida.
Ocorreu que
durante algumas semanas estive me dedicando a montar uma agenda com diversas
iniciativas e ideias afim de motivar mais os jovens de nosso grupo. E o que foi
que recebi como resposta? Alguns adultos vetando, negando e tratando minhas
ideias como se fossem infundadas. E sabe o que mais me incomodou? Foi o fato de
ver dois jovens extremamente desorganizados sugerirem ideias absurdas e
criticar avidamente as minhas.
Não é pretensão
nenhuma da minha parte, pois o vice presidente estava me apoiando,
partilhávamos das mesmas ideias.
E foi naquele
exato momento em que cheguei a algumas tristes conclusões. A primeira delas é
que o grupo nunca irá mudar enquanto continuar com tios e jovens de cabeça
demasiadamente limitadas; a segunda é que não adianta você gastar toda a sua
energia buscando inovar em um grupo que tem suas estruturas totalmente
engessadas (na verdade, o grupo tem uma flexibilidade), mas infelizmente as
pessoas não sabem interpretar nada que contém em suas diretrizes. E a terceira
e última conclusão que chego é que você não pode contar com ninguém, a não ser
Deus, pois os humanos estão sempre prontos para te decepcionar e falhar com
você.
Depois de chegar a
estas tristes conclusões, percebo que não há muito o que fazer. Não adianta eu
me desgastar discutindo, criando debates, nos quais apenas vai me levar ao uso
de antidepressivos novamente. Outra questão que me leva a uma grande frustração
pessoal é que, eu sempre ouvi algumas pessoas motivadas falarem que, cada um de
nós deve revolucionar o mundo. Queria começar por ali, algo pequeno mas que
poderia fazer a diferença, mas pelo que eu vejo, não sou capaz de fazer isso.
Ser capaz ou não
ser capaz? Eis a questão. Mas a grande verdade de tudo isso é que foi uma
grande surpresa encarar essas dificuldades logo no início. Afinal, foi a
primeira vez na minha vida que encarei esse desafio de presidência com
positividade. Talvez seja isso, eu devia ter continuado sendo a mesma negativa
que sempre fui.
Com carinho,
aquela que adora desabafar nos finais de semana.
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