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As impressões sobre: Emma Woodhouse

 

Neste mês de março tive o deleite de ler a famosíssima obra de Jane Austen, "Emma", que traz consigo um título que vai muito bem a calhar - pois não há adjetivos que possam descrever esta protagonista, apenas o seu nome está a altura.
   A história conta a vida da jovem Emma - na qual você faz chegar  ao extremos de amor e o ódio a respeito dela, que vive em uma vila de Highbury com o seu pai loucamente exagerado e hipocondríaco Sr. Woodhouse. Lembrando que a personagem é riquíssima, bonita e jovem - ou seja, não dá pra encontrar alguma identificação com ela.
   O que nos leva a mudar de sentimentos em relação a Emma é a forma como ela muda rapidamente sua posição em relação aos seus posicionamentos. Há momentos em que ela é extremamente egoísta - uma legítima patricinha - e há outros em que ela quer apenas ajudar as pessoas, sendo gentil e amável.
  Emma havia feito uma promessa que jamais iria se casar, pois queria cuidar de seu pai que necessitava tanto de sua companhia. A sua irmã se chamava Isabella,  era casada com o Sr. John Knightley e tinham dois filhos.
   O romance trata da vida cotidiana de Emma, sua relação com os amigos, familiares e futuros pretendentes. Muitos de vocês podem pensar que as 597 páginas do livro se tornam cansativas por se tratar de algo do cotidiano, mas nada disso. Jane Austen escrevia muito bem e tinha plena consciência do que é necessário para envolver o seu leitor.
   Um grande exemplo disso e que nos envolve até o fim do livro é a amizade de Emma com sua amiga srta. Smith. A jovem que vivia numa escola das proximidades, que era bonita, porém de origem humilde e simples,fazia com que Emma tivesse grande compaixão em relação a jovem. Por isso, Emma resolveu se tornar uma espécie de casamenteira, indicando as pessoas nas quais ela achava mais adequada para a amiga. Primeiramente foi o jovem pastor Sr. Elton, o que gerou um grande embaraço, pois na verdade ele gostava de Emma. E depois foi o jovem Frank Churchill enteado de sua ex-governanta sra. Weston, que também gostava de outra pessoa.
   Neste ínterim entram personagens bem interessantes como por exemplo a srta. Jane Fairfax - uma menina que era sobrinha de uma mulher extremamente falante chamada srta. Bates, que havia morado com amigos de seu falecido pai onde ela havia tido uma boa educação e estava de volta para visitar a família. Esta personagem teve uma grande influência no destino de alguns personagens - mas não irei contar porque quero deixar esta surpresa para quem ler.
   A obra traz muita comédia, trazendo trechos irônicos dois mais geniais. Principalmente quando Emma está conversando com seu "amigo" sr. Knightley - irmão de John Knightley.
   Porém existe um trecho que achei um pouco polêmico - no meu ponto de vista moral - que se eu fosse debater aqui, teria que contar o desfecho do livro e não seria nada legal bancar a spoiler nesta altura da vida. Mas quando encontrarem um fórum sobre o livro, por favor, me avisem.
  A versão que eu li foi da Martin Claret e tem uma arte linda na capa. Lembrando que o livro foi publicado pela primeira vez em 1815.
  E vamos para a pergunta de praxe: se eu recomento está obra? Obviamente que sim.

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