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O Sol Também Se Levanta - Ernest Hemingway



 Pense em um leitor que busca incessantemente através de suas leituras uma obra que agregue ao seu caráter, que provoque uma mudança de vida e uma enorme reflexão: essa sou eu. Agora, não esqueça o que eu escrevi e entenda que pela segunda vez na minha vida li uma obra em não provocou nenhuma espécie de reflexão ou um tipo de mensagem "que levarei para a vida".
   Primeiramente, é importante ressaltar, meus caros leitores que, este livro faz parte do desafio dos 50 livros de 1900 para ler antes de morrer (então, se você está interessado em entrar nesse desafio, recomendo que acesse ESTE LINK). E por isso, nestas férias eu embarquei novamente neste desafio que a cada dia que passa está mais perto do fim (pois eu creio que morrerei antes de terminá-lo). 
   O autor se trata de nada mais nada menos do que Ernest Hemingway, que emplacou em 1954 o prêmio Nobel de Literatura, é considerado um dos grandes mitos da literatura norte-americana. Autor da famosa obra"Adeus às Armas" (um de seus livros mais famosos, no qual eu pretendo ler).
   Pois bem, vamos ao livro: O Sol Também Se Levanta foi lançado em 1926 e é uma crônica que relata alguns momentos da vida de um grupo de amigos expatriados americanos e ingleses que viviam em Paris (expatriados por causa da Primeira Guerra Mundial). Amigos nos quais eram jornalistas (como o próprio Jake), escritores (como Robert Cohn) e aposentados  (seja lá qual for a denominação que você queira dar).
   A crônica é narrada por Jake e ao longo da mesma você vai ler diversas vezes duas palavrinhas: "bêbado(a)" e "beber". Pois sim, Jake e seus amigos viviam indo a bares para beber um drink, ou qualquer coisa que contenha álcool. Ele cita com detalhes a viagem que fez para a Espanha, onde ele e os amigos participam das festividades de São Firmino, nas quais ocorrem as famosas touradas nas quais eu considero brutais (mas por enquanto não pretendo esboçar a minha opinião completa).
   Sobre a questão romântica, temos um enlace de idas e vindas entre Jake e Brett. Mas tudo isso se torna uma grande confusão pois ela se envolveu com o amigo de Jake, Robert Cohn. E não é que o Cohn fica extremamente "gamado" em Brett? Pois sim, e os dois acabam tendo uma "briguinha" de socos e empurrões no bar, que pela narração, foi algo muito engraçado. Jake sempre disse que amava Brett, mas ela, que sempre foi uma inquieta, não se contentava em ficar com uma única pessoa para o resto da vida. Por isso ela viva se apaixonando e desapaixonando pelas pessoas.
   E a minha opinião sobre a obra: Quando se fala em opinião é algo muito pessoal e que nem sempre é levado tanto a sério, principalmente vindo de uma pessoa como eu que, não tem nenhuma carga literária extensa. Mas o que posso dizer é que foi bem cansativo continuar a leitura até o fim. Não porque o livro apresente um vocabulário complicado, mas pelo fato de não ocorrerem fatos emocionantes. E como vocês já devem saber à respeito de mim através dos escritos, sou inquieta, busco emoções, fatos e situações impactantes que me prendam ao livro.
    Outro ponto importante também é que o livro se baseia na vida e no grupo de amigos do próprio Ernest. A conhecida "geração perdida", que vivia nos bares bebendo e acreditando que seus problemas seriam resolvidos através do álcool. Sou totalmente contra isso, por mais que nos meus momentos de depressão eu tenha sentido vontade utilizar este recurso, eu jamais usei. Pois sei que no outro dia em que acordar irei sentir uma angústia muito maior e que mais cedo ou mais tarde terei que enfrentar a real situação (seja ela qual for).
  Mas de toda a obra eu pude destacar alguns fatos que coloquei na lista de "lições que talvez tenha me ensinado". Trechos nos quais eu irei apresentar abaixo:

Tudo que eu desejava era saber como viver. Talvez, aprendendo como viver, acabemos compreendendo o que há realmente no fundo de tudo isso.
  Pois realmente essa é uma dificuldade de todos nós compreendermos qual é o sentido da vida e como ser feliz plenamente.

- Levam uma vida tão pacata! Nunca dizem coisa alguma. Estão satisfeitos, andando sempre assim.
A forma tão igual de viver a vida daqueles personagens me incomodava. A falta de uma comunicação verbal e as repetitiva em que viviam, parecia que havia algo faltando naquele ambiente.
E nisto consiste a moral: coisas que fazemos e das quais depois sentimos repulsa.
Uma boa definição, com certeza. Me identifiquei em demasia.

(HEMINGWAY, Ernest. O Sol Também se Levanta. Editora Abril. Série: Os Imortais da Literatura Universal Volume 13. 1ª edição.1971)

Perdoem-me por não colocar de quais páginas retirei tais trechoss, mas infelizmente, quando estamos lendo no trabalho não há muito tempo para realizar marcações de trechos interessantes.
   Ernest Hemingway através desta crônica, traz ao leitor uma grande reflexão sobre as idas e vindas do amor que podem ocorrer na vida dos seres humanos. O que de alguma forma me identifiquei também, pois acredito que no fim das contas eu viverei neste gosta e desgosta das pessoas. 
   Li a 1º edição do livro lançado pela editora Abril em 1971, retirado lá Biblioteca Central Irmão José Otão - PUCRS (capa idêntica a imagem do início da postagem). 
   E se eu recomento esta obra? Recomento se você for um fã de crônicas e não espera que nada de muito emocionante aconteça. 

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