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Saga Encantadas: Veneno

   

 Pense em uma pessoa que comprou o livro pela capa - essa sou eu. Todos os fãs de literatura sabem muito bem que não se pode comprar um livro pela capa - é uma regra de ouro. Mas era um dia de promoção no Submarino e realmente valia muito a pena comprar uma saga que estava com 80% de desconto. E se eu me arrependo de ter e lido comprado a saga "Encantadas"? Obviamente não. Pois se você não conhece esta obra, acompanhe os próximos parágrafos deste texto que irei contar melhor sobre a primeira parte desta Saga.

  "Veneno" de Sarah Pinborough é o primeiro volume da trilogia "Encantadas". Quando recebi o livro em minhas mãos a primeira frase que eu li na capa foi a seguinte " Repense seus vilões". Por isso a minha reação ao longo da leitura foi desconfiar o tempo todo de quem poderia ser o vilão revestido de "protagonista do bem".
   A obra é uma releitura do grande clássico infantil "A Branca de Neve e os Sete Anões". Por isso, na história encontramos uma Branca de Neve - porém sexy e que usa roupas de menino, um rei, uma madrasta má e envolvida com bruxarias, um caçador, anões e um príncipe encantado.
  Branca de Neve vivia em um grande pé de guerra com sua madrasta Lilith, principalmente quando o pai da jovem sai em uma missão fora do reino  - ou seja, ele iria passar um bom tempo longe. Com isso, Lilith tentou fazer de tudo para que Branca de Neve morresse, usando métodos nada ortodoxos - e vamos combinar, matar outra pessoa não é nada ortodoxo
  Com toda essa ameaça em torno de sua vida, Branca de Neve parte para a casa dos seus amigos anões onde se refugia. 
  Para acabar com a vida da enteada, Lilith busca ajuda com o caçador, mas com o fracasso, ela parte para os feitiços de sua bisavó que era uma grande bruxa. 
  Interessante ressaltar sobre Branca de Neve é que ela era uma menina muito bondosa, assim como na obra original. Uma menina que tinha uma simplicidade enorme e que gostava muito de ajudar as pessoas humildes.
   E sendo uma menina tão bondosa, não era justo que ela passasse o resto de sua vida dormindo em um caixão com um aspecto de uma pessoa morta, correto? Por isso ela precisaria receber o beijo de seu amor verdadeiro para que pudesse acordar - nenhum spoiler até aqui, pois todo mundo conhece a história da Branca de Neve. 
   E assim se sucede, o príncipe encantado vindo de outro reino a encontra no meio da floresta e com o passar dos dias se apaixona por ela. Mas aí a forma com que ela acorda desse "sono quase eterno" não é a convencional encontrada nos livros - e não irei contar pois penso que será interessante que você leia a obra. 
 Até aí a história estava muito interessante e convidativa der ler. Porém - e na vida sempre há um porém - há uns capítulos nos quais eu chamaria de "desnecessários para a obra" ou "vibe Cinquenta Tons de Cinza". Na obra, a noite de núpcias de Branca de Neve e o príncipe é narrada em detalhes, e quando eu parei para perceber isso, eu pensei que estava relendo o livro "Cinquenta Tons de Cinza" - para quem não sabe, li até a página 100, mas me anojei do resto. Sim, eu detesto ler obras que narram cenas como essas em detalhes - pois o que torna as situações sensuais são o fato de você não saber como elas são em DETALHES
  E aí nesta noite de núpcias se descobre alguns segredos de Branca de Neve que já se tinha uma vaga ideia desde o início - que ela não era uma menininha inocente como é vista nos contos de fadas tradicionais. 
  E o desfecho da história dessa jovem, pode ser descoberta por você, leitor, que deseja conhecer um pouco mais da saga. Mas com certeza eu não irei contar aqui pois eu estaria sendo uma cretina se cometesse tamanho atrevimento. 
  Enfim, o que eu posso dizer da obra é que de fato, eu esperava mais ação - mais momentos em que eu ficasse apreensiva, chocada e dissesse "gente! Não acredito!". Mas não posso dizer que foi um livro ruim, pois quando eu estive com ele em mãos li num ritmo bem rápido. A leitura foi válida, principalmente porque cada vez mais eu estou removendo os preconceitos a cerca de best-sellers adolescentes. E também é importante destacar que não foi uma obra que me deixou triste, tampouco alegre. O sentimento final foi de indiferença. 
   Mesmo assim, eu ainda recomendo esta obra, pois penso que nem sempre os livros devem ter dentro de si o objetivo de provocar emoções, eles simplesmente podem passar por nossa vida literária "sem serem percebidos".

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